Ishmael Beah

ishmael2.jpgIshmael Beah, foi soldado infantil durante a Guerra em Serra Leoa. Em 1993, aos 12 anos de idade, ele próprio decidiu procurar segurança nas fileiras do Exército leonês, e quando percebeu já estava de armas na mão. Em seu livro A Long Way Gone: memoirs of a boy soldier, com lançamento no Brasil previsto para junho pela Ediouro, ele relata que sua família foi assassinada pelo grupo rebelde que iniciou o conflito, Frente Revolucionária Unida, FRU; conta suas experiências no combate: aprendeu atirar com fuzil A-47 para “provar que era capaz”; sua rotina era a mesma a de um militar, a única diferença era a ausência de salário; ele lembra o contato com as drogas (misturas explosivas de cocaína com pólvora) e seu estado “anestesiado” neste período. Segundo o Unicef, mais de 250 mil menores estão nas frentes de batalha. Beah escapou do exército após ações de organizações não governamentais e passou a participar do grupo do Unicef nos arredores de Freetown, capital de Serra Leoa. Tornou-se, então, um soldado contra a presença de menores em conflitos. Hoje, Beah diz que só tem uma missão: ajudar as crianças que estão na mesma situação, vivida por ele um dia, a recuperar sua infância e sua auto-estima e por fim a própria vida.